Devido à gravidade clínica e às elevadas taxas de mortalidade associadas à SCA, justifica-se o crescente número de pesquisas sobre o tema. Embora, seja possível o tratamento não cirúrgico, o manejo definitivo se dá por meio da laparotomia descompressiva e o fechamento da parede abdominal.
A síndrome compartimental abdominal (SCA) é uma grave complicação causada pelo aumento extremo e mantido da pressão intra-abdominal (PIA), levando à complicações de ordem neurológica, vascular, pulmonar, renal, hepática e gastrointestinal.
Devido à gravidade clínica e às elevadas taxas de mortalidade associadas à SCA, justifica-se o crescente número de pesquisas sobre o tema. Embora, seja possível o tratamento não cirúrgico, o manejo definitivo se dá por meio da laparotomia descompressiva e o fechamento da parede abdominal.
Desde 2013, a Sociedade Mundial da Síndrome Compartimental Abdominal (The World Society of the Abdominal Compartment Syndrome – WSACS), recomenda a terapia de feridas por pressão negativa (TFPN) para pacientes críticos, por fornecer cobertura temporária da ferida até que a resolução do defeito tecidual seja possível ou desejada, previne a progressão da ferida, promove a granulação para criar um bom leito para enxertia.
O objetivo deste estudo foi analisar comparativamente os métodos de tratamento cirúrgico da síndrome compartimental abdominal (bolsa de Bogotá, TFPN nas configurações de –50, –100 e –150 mmHg), investigando a microcirculação de órgãos intra-abdominais selecionados e a influência nos parâmetros microrreológicos em um modelo suíno.
A investigação mostrou que a SCA experimental resultou na deterioração dos parâmetros microrreológicos, especialmente a agregação de hemácias. Já a TFPN nas configurações de –50 mmHg e –100 mmHg obtiveram melhores resultados para a viscosidade sanguínea, agregação e deformabilidade das hemácias, quando comparada ao uso da bolsa de Bogotá ou TFPN com –150 mmHg.
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