Uma lesão por pressão é uma ferida na pele e/ou em tecidos subjacentes causada por pressão, cisalhamento, fricção e umidade. Essas lesões geralmente ocorrem quando os pacientes têm mobilidade limitada e não podem mudar de posição por conta própria, apresentam diminuição da circulação, fragilidade da pele, alterações na função cognitiva ou do sistema de eliminação intestinal e urinária, juntamente com ingestão insuficiente de nutrientes e líquidos. Há que se considerar que durante a hospitalização, os pacientes também podem ter uma variedade de tubos, drenos e outros equipamentos de saúde que podem causar lesões por pressão.
Quando ocorrem lesões por pressão, elas devem ser tratadas rapidamente ou podem danificar a pele e os músculos, retardar a recuperação, causar dor, infecção e outros problemas. A fim de se estabelecer taxas mais fidedignas com a realidade hospitalar, os autores do presente estudo realizaram uma revisão sistemática (RS) seguida de metanálise sobre os índices de prevalência e incidência e a taxa de LPs adquiridas em ambiente hospitalar.
Dos 7.489 estudos identificados, 42 foram incluídos na RS e 39 deles foram elegíveis para metanálise, com uma amostra total de 2.579.049 pacientes. A prevalência agrupada de 1.366.848 pacientes foi de 12,8% (95% CI 11,8–13,9%); a taxa de incidência agrupada de 681.885 pacientes foi de 5,4 por 10.000 pacientes/dia (95% CI 3,4–7,8) e a taxa agrupada de lesões por pressão adquiridas no hospital de 1.893.593 foi de 8,4% (95% CI 7,6–9,3%). Os estágios foram relatados em 16 estudos (132.530 pacientes com 12.041 lesões por pressão). Os estágios mais frequentes foram o Estágio I (43,5%) e o Estágio II (28,0%). Os locais do corpo mais afetados, foram região sacral, calcanhar e trocânter.
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